Desde 1985, tem participado dos principais festivais brasileiros de música contemporânea, sobretudo o Festival Música Nova e a Bienal de Música Brasileira Contemporânea, e de festivais no exterior, como Festival d'Automne à Paris, 1994; e Festival Sonidos de las Americas, no Carnegie Hall, Nova York, 1996. Mais recentemente, foi convidado para o Encontro de Compositores de Porto Alegre, Encompor, como compositor homenageado.
Dedica-se à música nova e principalmente aos modos de jogo instrumentais, tendo composições dedicadas a grupos como Novo Horizonte e Duo Diálogos (Brasil), The Nash Ensemble e The Smith Quartet (Inglaterra), Ensemble Contrechamps (Suíça), The Ictus Ensemble, Het Spectra Ensemble (Bélgica) e Nord Ensemble (Dinamarca). Algumas dessas peças foram registradas em CDs pelo Grupo Novo Horizonte, Duo Conexto e The Smith Quartet, ou mesmo gravadas pela Rádio Cultura de São Paulo.
É doutor em comunicação e semiótica com a tese Música e Repetição: Aspectos da Questão da Diferença na Música Contemporânea, publicada pela Educ/Fapesp. Atualmente, vem pesquisando sobre a extensão da escritura instrumental com auxílio de computador, envolvendo transformação e difusão de audiodigital em tempo real; e realizando trabalhos com o grupo de improvisação Akronon (com os músicos Rogério Costa e Edson Ezequiel) e o grupo de performance da PUC/SP, concatenando música, dança e suporte tecnológico (com o músico Fernando Iazzetta e a bailarina Ivani Santana) e aplicando os resultados da pesquisa Ambientes de Composição e Performance com Suporte Tecnológico, realizada com apoio da Fapesp, entre 1996 e 2000.
Silvio Ferraz é um dos mais talentosos compositores de sua geração. A estruturação às vezes complexa de suas obras não impede um resultado transparente. Com uma produção de música de câmara bastante significativa, iniciou seus trabalhos eletroacústicos em meados da década de 90, a partir do contato com o Laboratório de Linguagens Sonoras, LLS, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da PUC/SP. O LLS - que viria a ser coordenado por Silvio Ferraz ao lado de Fernando Iazzetta - tornou-se um espaço de experimentação e troca de idéias bastante importante em São Paulo, unindo o trabalho de criação em estúdio com o processo de reflexão teórica acerca das práticas eletroacústicas. Embora tenha feito algumas peças para teipe-solo, tem-se dedicado à práticas de improvisação e processamento em tempo real, utilizando-se do ambiente de programação MAX/MSP. Desse trabalho em que pesquisa e criação caminham lado a lado, emergiu uma produção das mais significativas da música eletroacústica brasileira.
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